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Foto do escritorBLOG Dr. GUILHERME RICCI

5 motivos que podem exigir a troca de prótese do quadril


Uma revisão da prótese de quadril ou revisão de artroplastia de quadril é a cirurgia na qual um ou mais componentes da prótese são substituídos.


As principais circunstâncias que exigem a troca da prótese de quadril são:


1 - Desgaste do polietileno da prótese O liner de polietileno é uma das partes da prótese, uma espécie de plástico de última geração, componente que articula com a cabeça da prótese. Ao longo do tempo, ocorre um desgaste natural que, algumas vezes, exige a sua substituição. Atualmente, devido à qualidade das próteses modernas, são raras as cirurgias de troca de polietileno.


2 - Soltura asséptica da prótese Esse tipo de soltura é chamada de asséptica porque não tem relação com infecção por bactérias. O que ocorre? Algumas vezes, o liner de polietileno se desgasta com o tempo. Nesse desgaste, ele solta debris (restos) de polietileno que “caem” próximos à prótese de quadril. O organismo enxerga esses debris como um material estranho e acaba atingindo também um pouco de osso do quadril, onde a prótese está encaixada. Como a fixação da prótese, seja na bacia ou no fêmur, depende desse osso, com o passar do tempo a prótese pode se soltar e causar dor no paciente, provocando a necessidade de troca para o alívio da dor.


3 - Soltura séptica da prótese Nesse caso, existe uma infecção bacteriana na prótese que contamina e se prolifera ao redor da mesma. Assim, os debris de polietileno atraem células do organismo e, na tentativa de combater as bactérias, englobam não apenas as bactérias, mas também o osso do quadril, fazendo com que a prótese perca sua fixação no osso. Além de dor, o paciente pode apresentar sinais como vermelhidão, calor no quadril afetado ou secreção purulenta pela cicatriz, geralmente por um orifício chamado de fístula. Esse orifício é a constatação de uma infecção na prótese de quadril. Os sintomas são decorrentes da contaminação bacteriana. Quando não existe a saída de secreção, a infecção deve ser avaliada com exames complementares e análise do líquido ao redor da prótese, que irão confirmar ou descartar essa possibilidade.


4 - Luxação recorrente da prótese Luxação da prótese é a circunstância na qual há um deslocamento da cabeça da prótese, ou seja, quando a prótese “sai do lugar”. Isso pode ocorrer como consequência de musculatura fraca no quadril, lesão neurológica ou alterações na coluna lombar. A alteração causa dor importante no paciente e o mesmo deve ser movido ao hospital imediatamente, para que a prótese seja colocada no lugar, manobra chamada de redução. No entanto, em caso da situação se repetir, o paciente deve ser submetido à troca da prótese.


5 - Fratura periprotética Fratura periprotética é quando um paciente portador de prótese de quadril apresenta uma fratura na bacia ou no fêmur, onde a prótese está encaixada. Geralmente essa situação é incomum, e acontece após queda em pacientes com má qualidade óssea, seja por osteoporose ou pelo processo de soltura da prótese. Fraturas pequenas e que não afetam a fixação da prótese no osso podem ser tratadas sem cirurgia. Entretanto, fraturas mais graves, que ocasionaram a perda da fixação da prótese no osso, necessitam de uma nova cirurgia, para substituição da prótese de quadril.


Todas as situações descritas acima são diagnosticadas através de exames para constatar o problema.

A excelente notícia é que, com as técnicas mais modernas e próteses mais avançadas, essas intercorrências são raras pós-cirurgias de próteses do quadril e, quando acontecem, há disponibilidade de materiais adequados para a correção dos problemas.

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